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I Seminário sobre Subjetivação Contemporânea e Religiosidade julho 4, 2009

Posted by psicologiadareligiao in Eventos, produção de sentido, produção de subjetividade, Religião e Sociedade, subjetivação contemporânea.
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Acesse os resumos dos trabalhos apresentados no I Seminário sobre Subjetivação Contemporânea e Religiosidade e I Mostra de Expressões Visuais da Religiosidade Brasileira!

PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO CONTEMPORÃNEA DOS JOVENS CRISTÃOS Alexsander Cordeiro Lopes

CANÇÃO NOVA – UMA NOVA FORMA DE SER IGREJA NA PÓS MODERNIDADE – José Antônio Cunha

SUBJETIVAÇÃO CONTEMPORANEA, ARQUITETURA E RELIGIOSIDADE – O ESPAÇO ARQUITETONICO NA UNIÃO DO VEGETAL– Leonardo Gazzalle

A FORÇA DE ATRAÇÃO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL SOBRE OS CATÓLICOS ENGAJADOS– Aracy Terezinha Martignoni

ESPIRITUALIDADE PARA A FORMAÇÃO DA VIDA CONSAGRADA EM TEMPOS PÓS MODERNOS – Madeline Pozzebon

A QUESTÃO DA SUBJETIVAÇÃO NA RELIGIOSIDADE PÓS MODERNA SEGUNDO MICHEL MAFFESOLI– Ivan Mizazuk

GENEALOGIA DO TRABALHO RELIGIOSO – ESTUDOS PRELIMINARES – Leandro Inácio leite

IGREJA DO SANTO DAIME – UM SINCRETISMO RELIGIOSO BRASILEIRO–  Jessé Luiz Cunha

RELIGIOSIDADE E ENFRENTAMENTO DA POSSIBILIDADE DE MORTE DE FAMILIARES EM UTI – Renate Vicente

BENZENDEIRAS, FÉ E CRENÇA – UM SANTO REMÉDIO – Documentário – Luis Gustavo do Nascimento

Exposição – LINKS CAMINHOS DE COMUNICAÇÃO COM O SAGRADO- Luiz Alberto Sousa Alves e Sérgio Rogério Azevedo Junqueira

Exposição – AS EXPRESSÕES DA ARTE SACRA E DA ARTE RELIGIOSA – O MURAL “LA HISTORIA DE LA SALVACIÓN”: UMA LEITURA FENOMENOLÓGICA – Márcio Luiz Fernández

Exposição -AS EXPRESSÕES DA ARTE SACRA E DA ARTE RELIGIOSA  – Iconografia – José Ricardo dos Santos

I MOSTRA DE EXPRESSÕES VISUAIS DA RELIGIOSIDADE BRASILEIRA

Mostra de Expressoes Visuais - 01

Mostra de Expressoes Visuais - 02

Expositores da Mostra - Jose e Leonardo

Saúde e Espiritualidade: a questão do sentido da vida julho 17, 2008

Posted by psicologiadareligiao in Espiritualidade, produção de sentido, Saúde e Religiosidade, Vitor Frankl.
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O psicoterapeuta e escritor Irvim Yalom, no primeiro capítulo do seu livro “Mamãe e o sentido da vida”, escreve:

Somos criaturas que buscam sentido, (…) que têm de lidar com o inconveniente de serem lançadas num universo que, intrinsecamente, não tem sentido algum. E assim, para evitar o niilismo, (…) temos de embarcar numa tarefa dupla. Primeiro, inventamos ou descobrimos um projeto que dê sentido à vida e seja vigoroso o bastante para sustentá-la. Depois, precisamos dar um jeito de esquecer nosso ato de invenção e nos convencer de que não inventamos, e sim descobrimos, o projeto que dá sentido à vida – convencer-nos de que ele tem uma existência independente ‘lá fora'”.

Um grande número de pessoas busca terapia em função de sofrimentos que giram em torno da questão do sentido, e expressam suas dores em frases como: “não tem sentido viver!”; “qual é o sentido de se continuar vivendo?”; “se ser feliz é o sentido da vida, então não mereço viver”, “não consigo encontrar felicidade na vida, por isso, acho que viver não tem sentido!”; “para que viver se sou tão infeliz?!”…

É óbvio que a busca de sentido para a vida representa uma questão existencial fundamental. A busca de sentido determina não apenas o que somos, o que fazemos, sentimos e pensamos, como determina também nossa qualidade de vida. Diante disso pode-se perguntar: O sentido da vida é algo que se descobre ou algo que se constrói? Sou da opinião que o sentido da vida se constrói em meio às condições de nossa existencialidade. O processo de criação de sentido é possibilitado sobre uma base que se apresenta, em parte, com sentidos já dados que entram em relação com “virtualidades de sentido ” (possibilidades de criação de sentido inéditos) – que emergem em função, justamente, do contínuo e permanente movimento de produção de sentido.

Mas há aqueles que não suportam a idéia de criação de sentido e buscam, angustiadamente, pelas ofertas prontas que se apresentam no mercado. Tais “kits de sentido” surgem como ofertas provindas da religião, do mercado de consumo, de ideologias várias, enfim… não importa a origem, muito menos os caminhos que eles apontam. Importa, sim que representem uma alternativa que pareça minimamente segura. É o que acontece, por exemplo, com certas formas de expressão religiosa na contemporaneidade que se organizam, justamente, sobre a idéia de que o sentido da vida já está dado: é ser feliz – felicidade aqui confunde-se com sensações de prazer alcançadas, em geral, pela via do consumo dos mais variados tipos de mercadoria: objetos, experiências, subjetividades, estilos, comportamentos, imagens, etc…

A religiosidade pode fazer parte do processo de construção de sentido da vida por um viés afirmativo, que favoreça a saúde integral, mas infelizmente, pode também compôr práticas de sentido que limitam a vida e suas formas de expressão, favorecendo assim, o empobrecimento da vida e aparecimento de adoecimentos vários.

María Izabel Rodríguez Fernández, argumentando sobre saúde mental e sentido da vida, observa que

el sentido de la vida es lo que da significado y ayuda a encontrar un soporte interno a la existencia. Sin dicho soporte interno, parece ser más probable que la psique se vuelva frágil y, por consiguiente, llegue a enfermar. Esto no quiere decir que la enfermedad psíquica se origine exclusivamente en la ausencia de sentido de la vida, sino que tal vez el sentido sea un factor importante para explicar, entender y prevenir la enfermedad mental, e incluso podría darnos pautas de cara a un tratamiento psicoterapéutico.

Por otra parte, nos atrevemos a lanzar la hipótesis de que en la enfermedad psíquica hay un intento fallido de encontrar un sentido o de construir una realidad inteligible en la que poder sobrevivir. Y parece que ese sentido puede llegar a ser más importante que captar la realidad en sí misma, sobre todo si dicha realidad resulta difícil de afrontar o de soportar, como muchos hemos podido comprobar en la realidad

Fernández apresenta uma reflexão bastante interessante sobre esse tema e conclui que o sentido da vida tem um peso importante na saúde mental da pessoa.

Si uno tiene claro cuál es su papel en el mundo, que está muy relacionado con el sentido que da a su vida y percibe el futuro de forma positiva (lo que también tiene relación con el sentido), es más probable que alcance y conserve su estabilidad mental. Por otra parte, la pérdida de sentido de la vida también puede ser consecuencia de una situación de depresión u otra patología psíquica que desenfoque la explicación del sentido de la propia vida y de las metas que la orientan, centrándose la persona que la sufre en los aspectos más negativos de la realidad y no en la búsqueda de un sentido a su existencia.

Leia o texto completo da autora aqui: la-cuestion-del-sentido-y-su-repercusion-en-la-vida-psiquica1