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Ainda sobre Homossexualidade e Religião: uma análise sobre o tema no contexto da Igreja Católica setembro 16, 2007

Posted by psicologiadareligiao in Aconselhamento Pastoral, Aconselhamento Psicológico, ética, homossexualidade, Sexualidade, Sexualidade e Religião.
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 Tem sido bastante acessados os posts sobre “Homossexualidade e religiosidade” e “Sexualidade e Religião”, com disponibilização de textos sobre o tema – de  autoria do Prof. J. Farris . A análise de Farris sobre homossexualidade e religião tem como ponto de partida a perspectiva Protestante. Agora, apresentamos o tema na perspectiva da Igreja Católica, pelo professor Edênio Valle, professor de Psicologia da Religião e Ciências da Religião na PUC – SP.

Segundo Valle, com base em estudos de valor realizados no Brasil, a idéia de “que nada se move quanto às posições da Igreja Católica, da Teologia e de outros especialistas católicos que se pronunciam sobre o assunto” tem sido reforçada.  No entanto, essa idéia de que a Igreja teria parado nos tempos da inquisição não corresponde aos fatos, de acordo com a opinião do professor. Para ele,

Existe entre os psicólogos que estudam a religião um desconhecimento bastante generalizado a respeito do que a Igreja Católica diz oficialmente sobre ética sexual e homossexualidade. O que se sabe e se repete são generalizações sobre pronunciamentos do Vaticano, interpretadas segundo a ótica editorial dos veículos de comunicação e com base normalmente em coisas do passado, quando religião, ciência, direito e costumes viam a homossexualidade como doença e/ou como “crimen pessimum”.

Diante disso, Valle apresenta o pensamento ético que a Igreja Católica defende a respeito da homossexualidade com base em análise dos documentos oficiais da Igreja. Seu estudo é realizado desde a “perspectiva das ciências da religião, com ênfase na abordagem psicontropológica”.

Valle acredita que tem havido um deslocamento na posição da Igreja em relação ao tema  no que se refere, especificamente, “à pastoral (isto é, ao acolhimento e acompanhamento das pessoas)”. Segundo ele, “os textos eclesiásticos (e mais ainda, os dos teólogos) demonstram uma atitude de maior compreensão da complexidade do fenômeno homossexual, em cada um de seus múltiplos e distintos aspectos neurobiológicos (…), socio-antropológicos (…) psicológicos (…), históricos (…) e bíblico-teológicos ( …)”.

Acesse o texto completo, publicado pela REVER, aqui.

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Posted by psicologiadareligiao in Aconselhamento Pastoral, ética, homossexualidade, Sexualidade e Religião.
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O tema é polêmico! E, por conta do “desconforto” que o assunto gera nas autoridades religiosas, líderes e mesmo na sociedade laica, percebe-se duas atitudes que se polarizam. De um lado, o “silêncio ensurdecedor” escancara o medo do debate, de outro lado, o “barulho” que a busca dos direitos das pessoas homossexuais provoca, levanta a suspeita que a necessidade da força da lei parece ser um sintoma que surge pela ausência de um debate aberto. Para onde vamos com essas atitudes? Farris não tem medo do debate. Pelo contrário, ele chama para a conversa de um modo amoroso e medeia a discussão com vistas à afirmação da vida. Para ele,

“é fundamental que a Igreja discuta aberta e criticamente a heterossexualidade e a homossexualidade. Sem esta discussão intencional e crítica, corremos o risco de repetir cegamente atitudes sociais e crenças teológicas em vez de aceitar o desafio de construir uma fé viva e relevante”.

Assim, Farris apresenta uma discussão básica sobre a sexualidade humana e oferece uma descrição de cinco perspectivas que dominam as discussões atuais sobre homossexualidade. Sua preocupação com o debate parte da percepção de que

“as atitudes, as crenças, teologias e éticas a respeito da sexualidade humana, em geral, e a heterossexualidade e a homossexualidade, especificamente, influenciam profundamente a ação pastoral, o aconselhamento pastoral e a vida cotidiana de todas as comunidades religiosas”.

Trata-se, portanto, de uma contribuição profundamente relevante para a discussão sobre o tema envolvendo sexualidade e fé.

Baixe o texto: Homossexualidade como conflito moral